quarta-feira, 31 de agosto de 2011


Extratos vegetais têm condições de atuar como eficientes herbicidas naturais

Pesquisadores avaliam como plantas comuns podem afastar o ataque de pragas em lavouras tradicionais
por Janice Kiss
IAC
Feijão-de-porco pode ser usado como herbicida
feijão-de-porco (Canavalia ensiformes) é leguminosa conhecida do agricultor para a adubação verde. As raízes desta planta têm a capacidade de tornar o solo mais arejado e multiplicar os micronutrientes presentes nele. No entanto, o Instituto de Química, da USP, em São Carlos (SP), descobriu que ela tem condições de exercer a função de herbicida. Durante análises em laboratório, os pesquisadores concluíram que os extratos de folhas e as próprias sementes do feijão-de-porco se mostraram eficientes contra duas plantas daninhas (trapoeraba ecorda-de-viola), que são competidoras naturais da soja e atrapalham o desenvolvimento da plantação. Outro resultado positivo é que o extrato da leguminosa não interfere no crescimento das lavouras (sejam elas convencionais ou transgênicas) e pode tornar-se uma opção aos herbicidas sintéticos no futuro. Nos experimentos, as plantas daninhas foram completamente banidas em apenas seis dias. 

Outras duas plantas, a trefósia e a moringa, árvores conhecidas no meio rural, estão sendo testadas pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), para combater a broca-do-café, uma das principais pragas que afetam a produção nacional. Os pesquisadores do instituto, que trabalham em parceria com a Universidade Estadual de Londrina (UEL), trataram os frutos maduros do café com os extratos da moringa e da trefósia para depois expô-los às brocas adultas. Ficou comprovado que houve baixo índice de infestação nos grãos por conta da atuação de dois compostos (lectina e rotenona), presentes no produto natural. 

Agora, a eficiência dele será avaliada no campo, onde os plantios sofrem outros tipos de interferência, como temperatura, vento e umidade, que podem influenciar na eficácia do extrato. Os estudos vão levar em consideração, ainda, os benefícios dos plantios da moranga e da tefrósia em consórcio com o cafezal. A intenção é verificar se as árvores produzirão semelhante efeito repelente à broca-do-café. Ao mesmo tempo, outra avaliação será feita: a de comprovar se este inseticida natural não é tóxico para mamíferos e espécies de insetos benéficos para as lavouras. Para os pesquisadores do Iapar, muitos vegetais apresentam condições de atuarem como inibidores naturais de pragas. Se o uso deles for consorciado a um manejo adequado, o produtor poderá inclusive reduzir a necessidade de aplicação de agrotóxicos.

Plástico verde ganha mercado e atrai investimentos



O produto, impulsionado pela demanda de embalagens e o apelo mundial por sustentabilidade, dá origem a um novo mercado no Brasil

por Agência Estado
 Shutterstock
Em substituição ao petróleo, a cana-de-açúcar. A migração do combustível fóssil para fonte renovável, inicialmente vista com desconfiança, ganhou novo status no Brasil menos de um ano após o início das operações da primeira fábrica local de resina fabricada a partir do etanol


O produto, impulsionado pela demanda de embalagens alimentícias e de itens de higiene e beleza e pelo forte apelo mundial por sustentabilidade, deixou de ser visto como um concorrente direto do plástico produzido com petróleo e deu origem a um novo mercado, cujo protagonismo tende a ser brasileiro. 


O primeiro passo foi dado pela Braskem, com a instalação de uma fábrica em Triunfo (RS) no ano passado e anúncio de construção de uma nova unidade de resinas em 2013. A americana Dow Chemical e a belga Solvay também têm projetos anunciados para o Brasil, todos com base na cana-de-açúcar e voltados para nichos de mercado. “Falamos de um novo produto, que precisa cada vez mais ser diferenciado do produto convencional. É um biopolímero que deve ser comparado com outros biopolímeros”, destaca o diretor de Negócios Químicos Renováveis da Braskem, Marcelo Nunes. 


A produção de resinas com uso de fontes renováveis ainda é bastante restrita mundialmente, com capacidade total de pouco mais de 700 mil toneladas anuais, segundo dados da associação europeia que acompanha o mercado de bioplásticos. A Braskem é líder, com capacidade anual de 200 mil toneladas de polietilenos (PE) verdes, volume que, entretanto, representa menos de 1% da produção mundial dessa resina. O volume excedente é concentrado principalmente em países do hemisfério norte que utilizam como matéria-prima milho e trigo, entre outros produtos. 


Até 2015, a produção mundial de biopolímeros deverá ter um salto de 136%, prevê a European Bioplastics, para 1,7 milhão de toneladas anuais. Caso a estimativa seja confirmada, é previsto que o Brasil seja um dos principais destaques dessa projeção. 
Fábricas
O projeto da Solvay de construir uma linha de produção de PVC a partir de fontes renováveis, interrompido durante a crise econômica iniciada nos Estados Unidos em 2008, previa a produção de 60 mil toneladas anuais de eteno verde, a partir de cana-de-açúcar, e capacidade praticamente idêntica de PVC. 


A Dow, cujo projeto também ficou interrompido durante a crise, mantém em sigilo a capacidade da fábrica que construirá no Brasil em parceria com a japonesa Mitsui. O plano é ter uma fábrica com escala mundial, conceito que nos padrões de resinas produzidas a partir do petróleo representa uma capacidade mínima de 300 mil a 350 mil toneladas anuais. O projeto, assim como a unidade da Solvay, será abastecido por etanol, o que deverá ampliar a representatividade do produto extraído da cana-de-açúcar na fabricação total de biopolímeros. A novidade do projeto da Dow, anunciado no mês de julho, será a integração das plantações com a usina e a fábrica de resinas


Modelo semelhante será adotado nos futuros projetos verdes da Braskem - a fábrica em operação em Triunfo é abastecida por etanol produzido nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Para atender a unidade, a Dow e a Mitsui construirão uma usina com capacidade de 240 milhões de litros de etanol. “Mas esse volume não atenderá a totalidade da demanda (da fábrica de resina), por isso, o projeto, que ainda está em fase de estudo de engenharia inclui também uma expansão na produção de etanol”, diz o diretor de Negócios para Alternativas Verdes e de Desenvolvimento de Novos Negócios da Dow para a América Latina, Luis Cirihal. 
Pesquisas

O objetivo da Dow é, assim como a Braskem, ter um produto viável financeiramente e capaz de abrir novos mercados para a resina verde. “Falamos de um projeto a níveis competitivos globais e de uma tecnologia com espaço muito grande para avançar”, diz o executivo. 



O avanço virá principalmente do desenvolvimento de novas tecnologias para a rota verde de resinas e das pesquisas sobre a cana-de-açúcar. “A produtividade comercial da cana, que em regiões mais competitivas é de 90 a 100 toneladas por hectare ao ano, poderá atingir 180 a 200 toneladas por hectare ao ano dentro de 10, 15 ou 20 anos”, diz o gerente de desenvolvimento estratégico do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), Jaime Finguerut. 

A cana de açúcar, segundo o especialista, tem capacidade para produzir em média o dobro de biomassa do milho, o mais próximo dentro seus concorrentes. Além das perspectivas otimistas, o ambiente atual de preços elevados do petróleo também é um ponto favorável à produção de resinas verdes. “Acredito que o etanol como substituto da gasolina é perfeitamente viável com o petróleo entre US$ 40 e US$ 60 o barril. Hoje, com a alta de custos do etanol, essa janela está mais para US$ 60”, diz o gerente do CTC

Café brasileiro


Brasil já é o maior produtor de café sustentável do mundo

O Brasil produz hoje o maior volume de cafés certificados do mundo; em verdade, o país é a maior fonte de cafés sustentáveis do planeta. A constatação foi feita durante reunião do conselho da iniciativa de sustentabilidade UTZ realizada no país no último final de semana. O país também se destaca como maior fornecedor mundial de cafés certificados Utz, com vendas que somaram 1 milhão de sacas de café com a certificação UTZ em 2010.
Entre todos os cafés UTZ comercializados no mundo, provenientes de 23 países produtores que adotam as boas práticas agrícolas e os critérios ambientais e sociais estabelecidas pela UTZ Certified, 38% são do Brasil, 22% são do Vietnã e 18% são de Honduras. O mercado interno também começa a se conscientizar da importância da certificação; no ano passado aproximadamente 200 mil sacas de café certificado Utz foram comercializadas dentro do Brasil e utilizadas pela indústria para preparar cafés vendidos a consumidores brasileiros.
Entre as considerações feitas pelo conselho durante sua reunião está a necessidade de ampliar o sistema de suporte aos produtoresbrasileiros, tanto de arábica quanto de conilon, e de desenvolver mais marcas de café com a certificação UTZ no mercado interno, similar ao que já vem sendo feito pelos cafés especiais. Lançado recentemente, o Café Pilão Origem é um exemplo de produto nacional que possui o selo UTZ, um projeto decorrente de parceria da Sara Lee com a UTZ e o Wal Mart.
Além de café, a UTZ também trabalha com a certificação de cacau chá, e realiza a rastreabilidade deóleo de palma africana (dendê), entre outros produtos. A UTZ foi fundada em 1997 e hoje está presente em mais de 60 países ao redor do mundo.
Luciana Franco
Fonte: http://colunas.globorural.globo.com 

sábado, 27 de agosto de 2011

Boas noticias sobre os orgânicos


Mercado de orgânicos se amplia com industrialização

Setor conquista definitivamente o agronegócio com processamento e novos produtos
por Nathalia Prates
Editora Globo
Há cinco anos, os preços dos orgânicos eram 70% superiores aos convencionais. Hoje, o valor é apenas 30% maior
As tradicionais hortaliças e leguminosas não são mais asprotagonistas do mercado brasileiro de orgânicos. Além de uma crescente variedade de produtos nas prateleiras, como bolachas, sucos, pães, carnes e até mesmo cosméticos, a produção orgânica está, por meio da modernizaçãoindustrial e de investimentos em tecnologia e pesquisa, deixando de ser apenas um movimento para entrar de vez no mundo do agronegócio

Embora o Brasil seja o mercado de fertilizantes que mais cresce no mundo, o cenário dos orgânicos está mudando para melhor. De acordo com a Associação Brasileira de Orgânicos (Brasilbio), há cinco anos, os preços dos orgânicos eram, em média, 70% superiores aos convencionais. Hoje, o valor é apenas 30% maior. “O mercado está com um crescimento anual que varia entre 20% e 30%, o que é bastante promissor”, informa Sandra Caires Sabóia, gerente comercial de Alimentos Orgânicos do grupo Pão de Açúcar. 

Nas lojas dessa rede de supermercados, os hortifrútis estão no topo dos alimentos orgânicos mais procurados pelo consumidor, seguidos pelos setores de mercearia e carnes. Segundo dados do Pão de Açúcar, azeite, arroz, açúcar e palmito orgânicos também estão entre os produtos campeões de venda. 

Para uma parcela da população, entretanto, a falta de informações e os preços ainda elevados em relação aos produtos convencionais são empecilhos para aumentar o consumo de orgânicos. A isso, pode-se somar a falta de apoio e incentivos ao produtor por parte do governo e da legislação vigente, que não estimula o crescimento da produção brasileira. Mas no exterior, principalmente na Europa, o cenário é bem diferente.
O mercado internacional está muito à frente do brasileiro tanto no quesito produção como no consumo de alimentos orgânicos. “São produtos que oferecem uma alternativa que traga benefícios não só para o nosso corpo, mas também para o meio ambiente”, afirma Angelika Avril, publicitária de 55 anos que mora em Nuremberg, sul da Alemanha. “Não penso duas vezes antes de comprar um produto bio. O preço maior se converte em mais nutrientes e sabor”.
“Diferentemente do que acontece por aqui, os governos europeus incentivam os produtores a trabalhar com orgânicos”, afirma Sandra, do Pão de Açúcar.  “A produção brasileira ainda é muito pequena, e é muito caro abrir o negócio. O governo precisa investir mais nos produtores rurais, por meio de uma legislação favorável e medidas de incentivo que impulsionem a nossa produção”.
Editora Globo
A estratégia da rede foi proporcionar alternativas para a alimentação habitual de seus clientes
estratégia da rede de supermercados, que há 18 anos trabalha com orgânicos, foi proporcionar alternativas para a alimentação habitual de seus clientes. “Muita gente tinha vontade de consumir produtos orgânicos, mas não encontrava alimentos básicos do cotidiano, como arroz,feijão e carne”.
Mas criar uma cultura de consumo de produtos naturais e orgânicos não pode ser construída de um dia para outro. “É preciso ir com calma, até mesmo porque não temos como abastecer um grande mercado”, ressalta a gerente da rede que é a maior do setor em comercialização de produtos sem agrotóxicos. Além da marca Taeq, o Pão de Açúcar revende produtos orgânicos de outras marcas, como aEconatura, de Luiz Postinguer e Telvi Piccini, de Garibaldi, no Rio Grande do Sul. 

Postinguer, cuja família sempre cultivou parreiras, já se preocupava com a relação do homem com agrotóxicos quando lecionava biologia. Na década de 1980, as terras de seu sogro e cunhado tiveram o incentivo de uma multinacional para a produção das uvas. Pouco tempo depois, a empresa foi vendida e os insumos pararam de chegar. Para não quebrar, os familiares de Luiz adotaram a redução total de gastos, tornando a produção o mais simples possível. Foram cortados agrotóxicos e fertilizantes, e até mesmo a mão de obra diminuiu. Contudo, a produção continuou firme e forte. Foi aí que Luiz percebeu que um processo agrícola natural, sem adição de produtos químicos, também era viável.
Editora Globo
Em cada garrafa, há cerca de 20 cachos da fruta, que pode ser do tipo bordô, concord ou isabel
As famílias de Luiz e Telvi passaram então a produzir suco de uva para seus filhos e sobrinhos. O sabor concentrado e fresquinho foi conquistando a vizinhança, amigos e o mercado local de Garibaldi. Em 1995, os sócios começaram com um equipamento mais simples que, por meio da evaporação, conseguia extrair o sumo de 12 quilos da fruta por vez. Hoje, a Econatura dispõe de modernos equipamentos que conciliam qualidade e quantidade. Só no primeiro semestre de 2011, a empresa processou 500 toneladas de uvas.
“O consumidor de orgânico é um público bastante esclarecido, preocupado com sua saúde e com o que está ingerindo”, acredita Luiz. Além dos benefícios à saúde, o produtor enxerga outras vantagens na escolha por orgânicos, como a melhoria das condições de trabalho dos produtores rurais, que não precisam mais entrar em contato com “veneno”. Na empresa familiar de Luiz, trabalham 14 pessoas diretamente, na parte de administração e rotulagem-que é feita a mão, além de 15 safristas e mais 40 famílias de trabalhadores rurais. Todos com carteira assinada. 

O suco “Uva’Só”, principal produto da marca, é embalados a vácuo, garantindo uma longa validade. Cada lote é engarrafado até um dia após a colheita da uva. Cada garrafa, que custa em média R$ 15, contém cerca de 20 cachosda fruta, que pode ser do tipo bordôconcord ou isabel
Totalmente integral, o suco não contém adição de açúcar ou água. Além disso, não há qualquer adição deconservantes, nem mesmo daqueles permitidos para produtos orgânicos. Na 7ª Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia, a BioBrazil Fair, realizada em julho em São Paulo, a Econatura trouxe o primeiro vinagreorgânico do país.

Quando perguntado se o trabalho é lucrativo, o produtor gaúcho torna-se porta-voz da grande maioria dos produtores: “É um mercado de bastante investimento. Principalmente no que diz respeito à informação e esclarecimento do consumidor sobre o que é e como funciona o produto orgânico”. 
Fonte: Revista Globo Rural

Novidade na Amazônia: Novo rio de 6km


Rio de 6 mil km é descoberto embaixo do rio Amazonas


O Hamza foi encontrado graças aos dados de temperatura de 241 poços profundos perfurados pela Petrobras

por Agência Estado
João Marcos Rosa
Pesquisadores do Observatório Nacional (ON) encontraram evidências de um rio subterrâneo de 6 mil quilômetros de extensão que corre embaixo do rio Amazonas, a uma profundidade de 4 mil metros. Os dois cursos d’água têm o mesmo sentido de fluxo - de oeste para leste -, mas se comportam de forma diferente. A descoberta foi possível graças aos dados de temperatura de 241 poços profundos perfurados pela Petrobras nas décadas de 1970 e 1980, na região amazônica. A estatal procurava petróleo. 

Fluidos que se movimentam por meios porosos - como a água que corre por dentro dos sedimentos sob a Bacia Amazônica - costumam produzir sutis variações de temperatura. Com a informação térmica fornecida pela Petrobras, a cientista Valiya Hamza, da Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional, e a professora Elizabeth Tavares Pimentel, da Universidade Federal do Amazonas, identificaram a movimentação de águas subterrâneas em profundidades de até 4 mil metros. 

O dados do doutorado de Elizabeth, sob orientação de Hamza, foram apresentados na semana passada no 12.º Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Geofísica, no Rio. Em homenagem ao orientador, um pesquisador indiano que vive no Brasil desde 1974, os cientistas batizaram o fluxo subterrâneo de rio Hamza
Características
A vazão média do rio Amazonas é estimada em 133 mil metros cúbicos de água por segundo (m3/s). O fluxo subterrâneo contém apenas 2% desse volume com uma vazão de 3 mil metros cúbicos por segundo - maior que a doRio São Francisco, que corta Minas e o Nordeste e beneficia 13 milhões de pessoas, de 2,7 mil metros cúbicos por segundo. Para se ter uma ideia da força do Hamza, quando a calha do rio Tietê, em São Paulo, está cheia, a vazão alcança pouco mais de 1 mil metros cúbicos por segundo. 

As diferenças entre o Amazonas e o Hamza também são significativas quando se compara a largura e a velocidade docurso d’água dos dois rios. Enquanto as margens do Amazonas distam de 1 a 100 quilômetros, a largura do rio subterrâneo varia de 200 a 400 quilômetros. Por outro lado, a s águas do Amazonas correm de 0,1 a 2 metros por segundo, dependendo do local. Embaixo da terra, a velocidade é muito menor: de 10 a 100 metros por ano. 

Há uma explicação simples para a lentidão subterrânea. Na superfície, a água movimenta-se sobre a calha do rio, como um líquido que escorre sobre a superfície. Nas profundezas, não há um túnel por onde a água possa correr. Ela vence pouco a pouco a resistência de sedimentos que atuam como uma gigantesca esponja: o líquido caminha pelos poros da rocha rumo ao mar.
Fonte: Revista Globo Rural

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Prestígio


Paulo Rocha continua com grande prestígio


Mesmo sem mandato, Paulo Rocha continua com uma influência enorme no Governo Federal.
A prova maior é que na segunda ele colocou na mesma mesa o prefeito Darci de Parauapebas e o novo presidente da Vale, no Rio de Janeiro.
Paulo me disse que o papo foi ótimo, que os conflitos tendem a terminar e que isso é bom para o Pará, para Parauapebas e para o Brasil.
E ele tem razão. 
Do blog do Barata

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Feijão caupi - Novidades


Embrapa apresenta três novas variedades de feijão caupi

As cultivares BRS Tapaihum, BRS Acauã e BRS Carijó se destacam pela alta produtividade e resistência a doenças
por Globo Rural On-line
Divulgação/Embrapa
A BRS Tapaihum é a primeira cultivar do grão com revestimento preto para consumo humano
Os agricultores do Semiárido já podem contar com três novas variedades de feijão caupi. As cultivares BRS TapaihumBRS Acauã e BRS Carijó foram desenvolvidas por uma equipe coordenada pelo pesquisador Carlos Antonio Fernandes Santos, da Embrapa Semiárido

O feijão caupi é uma das culturas mais importantes para a população da região, tanto como principal fonte de proteína na alimentação, quanto na geração de renda e emprego, Nos sertões da Bahia, Pernambuco e Piauí, as opções deplantio para esta espécie estão limitadas a cultivares de grãos de cores marromcanapu e mulato, principalmente. 

Segundo a Embrapa, os novos materiais oferecem opções interessantes de plantio, pela alta produçãoprecocidade eresistência a doenças. A BRS Tapaihum, por exemplo, é a primeira cultivar de grão de revestimento preto, disponibilizada pela pesquisa para consumo humano. No Rio Grande do Sul e Santa Catarina há cultivares com essa coloração, mas usadas para adubação verde

Tapaihum é uma palavra indígena da etnia Pataxó e que significa preto. De acordo com o pesquisador Carlos Antonio, misturada à carne de caprina defumada, poderá ser uma opção para consumidores cozinharem uma autênticafeijoada nordestina
Características
A BRS Acauã, por sua vez, é a primeira cultivar tipo “canapu” desenvolvida pela pesquisa agropecuária brasileira. Os grãos desta espécie, de acordo com o órgão, são de cor clara amarelada, formato arredondado, sabor agradável e coloração persistente durante o armazenamento. Ela é recomendada para áreas irrigadas e de sequeiros dos sertões da Bahia, Pernambuco e Piauí. 

A BRS Carijó é do tipo "fradinho", tendo sido desenvolvida para as condições de cultivo do vale do São Francisco, que até então não tinha esse tipo de cultivar. 

De acordo com Carlos Antonio, os estudos para desenvolvimento dessas variedades duraram cerca de oito anos e o resultado veio para preencher algumas lacunas no cultivo do feijão, dentro da região. "A cultivar ocupa o espaço dofeijão-fradinho, que não é muito tradicional na nossa região e não tinha disponibilidade de cultivares. A BRS Tapaihum ocupa o espaço que não havia de variedades de tegumento preto. A BRS Acauã é um feijão tipo canapu, que já existe na região, mas o que o produtor normalmente cultiva pode ser altamente atacado por viroses. E esse BRS Acauã apresenta tolerância a essas viroses", explica.

terça-feira, 16 de agosto de 2011


CNA defende campanha para estimular consumo de frutas e hortaliças

Ações de marketing para ampliar o consumo de alimentos saudáveis e programas de reeducação alimentar que incentivem o consumo de frutas entre as crianças são algumas iniciativas citadas pela presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, para melhorar os hábitos alimentares da população e, assim, reduzir os gastos públicos com saúde. A CNA divulgou nesta terça-feira, em Brasília, resultado de pesquisa encomendada pela entidade para avaliar o consumo de frutas, legumes e verduras no País.
A pesquisa, que ouviu 1.420 pessoas responsáveis pela alimentação de suas famílias, apontou a necessidade de alteração dos padrões alimentares dos brasileiros. De acordo com o estudo, 16% dos entrevistados têm problemas de obesidade e 34% apresentam sobrepeso. A obesidade mata e é uma das grandes ameaças à saúde no Brasil, afirmou o presidente da Comissão Nacional de Fruticultura da CNA, Carlos Prado. Segundo especialistas, esse quadro poderia ser revertido com o aumento do consumo de frutas, legumes e hortaliças. Os dados da pesquisa mostram que o consumo de frutas é muito reduzido, confirmando os dados do Ministério da Saúde que apontam que apenas 18,2% da população brasileira ingerem a quantidade de frutas recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 400 gramas por dia, o equivalente a quatro bananas ou três maçãs por dia.
A pesquisa mostrou que os entrevistados gastam, em média, apenas 6,2% de sua renda familiar com a compra de frutas, legumes e verduras, o que comprova o potencial para incremento do consumo. Segundo a senadora Kátia Abreu, os produtores brasileiros têm condições de produzir mais, desde que a fruticultura possa contar com políticas específicas para o setor. O Brasil é o terceiro maior produtor do mundo e tem uma produção irrisória diante da extensão territorial e do potencial do País, afirmou.
A presidente da CNA lembrou que o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) formou 140 mil pessoas para trabalhar com atividades relacionadas com fruticultura e olericultura, no período de 2006 a 2010. Lembrou, ainda, que outras ações podem ser desenvolvidas com o objetivo de estimular o consumo de frutas e hortaliças. Defendeu que o Ministério da Educação atue em parceria com o Sistema CNA/Senar na distribuição nas escolas de cartilha educativa com recomendações alimentares.
Após a divulgação dos resultados da pesquisa, a senadora Kátia Abreu ressaltou o potencial do mercado externo e citou como exemplo a China. Se cada chinês consumisse uma banana a mais e acrescentasse uma maçã à sua alimentação diária, passariam a consumir 53 milhões de toneladas de banana e 46 milhões de toneladas de maçã, disse a senadora. Esses volumes estão muito acima da atual produção brasileira: 7 milhões de toneladas de bananas e 1,3 milhão de toneladas de maçãs.
Frente Durante o evento na CNA, foi relançada a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Fruticultura, formada por 310 parlamentares. A senadora Kátia Abreu é uma das integrantes da frente, presidida pelo deputado Antonio Balhmann (PSB-CE).