sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Alerta



“O veneno está na mesa” e o uso de agrotóxicos está na pauta

Em meio a manchetes de jornais que apontam que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) contrariou regras internas e permitiu a venda de agrotóxicos mais prejudiciais à saúde, o documentário "O veneno está na mesa", de Silvio Tendler, exibido na 7ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, que ocorrem em São Paulo, vem mostrar a sua duradoura atualidade.


O filme de 50 minutos segue linguagem direta, com opinião explícita sobre o assunto, como já é marca do diretor Silvio Tendler. É produto de uma campanha contra o uso de agrotóxicos no Brasil que conta com apoio direto do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de uma série de entidades e movimentos sociais.

Os dados colocados de maneira pedagógica no documentário – como o de que os brasileiros consomem em média 5,2 litros de veneno por ano – impactam não só em decorrência da desinformação geral sobre a quantidade de agrotóxicos contida nos mais variados alimentos disponíveis nas prateleiras de supermercados, como também pela ausência de divulgação dos verdadeiros impactos desses produtos à saúde humana.

Justamente por ser parte de uma campanha, com posicionamento indiscutível contra o uso de agrotóxicos, o filme surpreende pela quantidade e qualidade das entrevistas conduzidas por Aline Sasahara. 

São 70 no total, sendo elas majoritariamente de agricultores – de variados municípios do país -, o que também demonstra uma opção de ouvir aqueles que lidam diretamente com a terra, que entendem dos perigos dos agrotóxicos e também sofrem diretamente seus efeitos.

Sasahara conta que foi impactante ver durante a coleta de depoimentos que “as pessoas têm consciência de quanto estão se expondo, que estão multiplicando esses produtos e que estão envenenando outros consumidores”. Mas a angústia é não conseguir vencer esta lógica devido à pressão do agronegócio.

“Nós fomos pra região do fumo, por exemplo, onde a realidade é absolutamente devastadora, que merecia um outro filme” diz Sasahara, explicando que não é somente sobre os produtos comestíveis que este problema versa. Como a produção do fumo também é uma atividade tradicional, de cultivo que envolve o conjunto das famílias incluindo crianças, o tema gera inclusive discórdia entre seus membros sobre como enfrentar as empresas que impõem a compra de um pacote de produtos químicos para viabilizar a produção. “É uma situação de escravidão e as pessoas não conseguem sair”, conclui.

Intercalado com imagens de defensores do uso de agrotóxico, como a senadora Kátia Abreu (PSD), o documentário coloca em confronto aberto os distintos projetos de desenvolvimento da agricultura no país. De um lado os porta-vozes do agronegócio, de outro os movimentos sociais, pequenos agricultores, intelectuais progressistas e pesquisadores do assunto.

“Desde 2008, o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos”, diz a abertura do filme. E já se sabe que eles causam câncer, má formação do feto, depressão, problemas hormonais, neurológicos, reprodutivos, no rim, doenças de pele, diarréia, vômitos, desmaio, dor de cabeça e contaminação do leite materno. É sob este estigma que toda uma geração cobaia, em nome do “sucesso da agricultura”, viverá caso as políticas entorno do agrotóxico não sejam revistas. E o filme contribui para que o país tenha melhor noção sobre a dimensão desses perigos, não só aos seres humanos diretamente, mas também ao meio ambiente.

A programação completa da Mostra pode ser vista em:http://www.cinedireitoshumanos.org.br

Disponível em: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=21337

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Imagens da Festa da Acerola


Algumas imagens da 2ª Festa da Acerola de Terra Alta


















Festa da Acerola III

EMATER- PA Divulga a 2ª Festa da Acerola


18/07 - Regional Castanhal

Segunda edição da Festa da Acerola acontece no próximo domingo em Terra Alta

No próximo domingo, 21, acontece a segunda edição da Festa da Acerola. O evento apoiado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), é de realização da Associação dos Produtores de Terra Alta, no nordeste paraense. Duas mil pessoas estão sendo esperadas para o evento que vai apresentar guloseimas produzidas com o fruto como bolos, tortas, doces e uma grande variedade de biscoitos, além dos produtos tradicionais como sucos, polpas, licores.

Terra Alta é dos maiores produtores de acerola do Estado, com 17 mil pés do fruto plantados e uma produção média por planta de 70 quilos do fruto/ano, da variedade 54 de alto poder produtivo, com frutos de tamanho grande e de coloração vermelha intensa, propícia para o mercado consumidor, especialmente para a comercialização in natura. A produção do município abastece indústrias de sucos da região e o mercado das Centrais de Abastecimento do Pará (Ceasa). "Plantar acerola é rentável. O retorno financeiro chega a 40%", disse Marli Magno, presidente da associação de produtores do município.

A programação vai reunir atrações culturais e palestras técnicas voltadas para a cultura da acerola, como boas práticas agrícolas, com a abordagem sobre o uso de agrotóxicos e a importância da produção agroecológica. Dados da Emater revelam que a adoção do bom manejo da cultura, aliados a adubação orgânica melhora a condição fitotécnica da planta e conseqüentemente a produtividade.

Um trabalho desenvolvido pela Emater no município capacita os produtores para a produção das próprias mudas, além do incentivo para a produção do fruto em larga escala a fim de agregar valor. "Também estamos capacitando os agricultores para a produção da muda enxertada que melhora o padrão da planta", adiantou Ricardo Dohara, engenheiro agrônomo da Emater.

Texto: Iolanda Lopes
Ascom- Emater.


Disponível em: http://www.emater.pa.gov.br/destaque/291

Festa da Acerola II

O site  G1 - da Globo - também divulgou a 2ª Festa da Acerola de Terra Alta.


18/07/2012 15h53 - Atualizado em 22/07/2012 09h02


Festa da Acerola movimenta economia de Terra Alta, PA


Segunda edição do evento terá atrações culturais e palestras.

Expectativa é receber 2 mil visitantes.


Do G1 PA
A segunda edição da Festa da Acerola será realizada no próximo domingo (22), em Terra Alta, nordeste do Pará. A expectativa do evento, organizado pela Associação dos Produtores de Terra Alta, é receber cerca de duas mil pessoas.
Segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), o município de Terra Alta é um dos maiores produtores de acerola do estado. São 17 mil pés de acerola plantados, o que resulta numa produção média de 70 quilos do fruto por ano.
Festa da Acerola acontece em Terra Alta, nordeste do Pará (Foto: Divulgação/Agência Pará)Festa da Acerola acontece em Terra Alta, nordeste do Pará (Foto: Divulgação/Agência Pará)
De acordo com a Emater, a produção de acerola do município abastece a indústria de sucos da região e o mercado das várias Centrais de Abastecimento do Pará (Ceasa). Segundo a presidente da Associação de Produtores de Terra Alta, Marli Magno, o plantio da acerola é muito rentável. “O retorno financeiro chega a 40%”, afirma.
A Festa da Acerola vai apresentar ao público várias comidas produzidas a partir do fruto, como bolos, tortas, doces, biscoitos, e também, produtos mais tradicionais como sucos, polpas e licores.
A programação da Festa vai reunir atrações culturais e palestras que vão abordar questões como boas práticas agrícolas, uso de agrotóxicos e a importância da produção agroecológica.
Disponível em: 

Festa da Acerola

Agência Pará divulga a 2ª Festa da Acerola de Terra Alta:

Terra Alta promove a segunda Festa da Acerola

Divulgação
A programação, que tem como produto principal a acerola, será realizada neste final de semana

    Da Redação
    Agência Pará de Notícias
    Atualizado em 18/07/2012 às 14:18

    No próximo domingo, 21, acontece a segunda edição da Festa da Acerola. O evento, apoiado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), é realizado pela Associação dos Produtores de Terra Alta, no nordeste paraense. Duas mil pessoas estão sendo esperadas para o evento que vai apresentar guloseimas produzidas com o fruto, como bolos, tortas, doces e uma grande variedade de biscoitos, além dos produtos tradicionais como sucos, polpas, licores.
    Terra Alta é um dos maiores produtores de acerola do Estado, com 17 mil pés do fruto plantados e uma produção média por planta de 70 quilos do fruto/ano, da variedade 54, que tem alto poder produtivo, com frutos de tamanho grande e de coloração vermelha intensa, propícia para o mercado consumidor, especialmente para a comercialização in natura. A produção do município abastece indústrias de sucos da região e o mercado das Centrais de Abastecimento do Pará (Ceasa). “Plantar acerola é rentável. O retorno financeiro  chega a 40%”, disse Marli Magno, presidente da associação de produtores do município.
    A programação vai reunir atrações culturais e palestras técnicas voltadas para a cultura da acerola, como boas práticas agrícolas, com a abordagem sobre o uso de agrotóxicos e a importância da produção agroecológica. Dados da Emater revelam que a adoção do bom manejo da cultura, aliado à adubação orgânica, melhora a condição fitotécnica da planta e consequentemente a produtividade.
    Um trabalho desenvolvido pela Emater no município capacita os produtores para a produção das próprias mudas, além do incentivo para a produção do fruto em larga escala, a fim de agregar valor. “Também estamos capacitando os agricultores para a produção da muda enxertada, que melhora o padrão da planta”, adiantou Ricardo Dohara, engenheiro agrônomo da Emater.

    Texto:
    Iolanda Lopes - Emater
    Fone: null / (91) 9168-0535
    Email: ascomematerpara@gmail.com

    Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
    Rod. BR 316, Km 13 S/N. Marituba-PA. CEP: 67105-970
    Fone: (91) 3256-1931
    Site: www.emater.pa.gov.br Email: presidencia@emater.pa.gov.br

    quarta-feira, 11 de julho de 2012

    Vem aí a 2ª Festa da Acerola de Terra Alta

    Todos estão convidados para a 2ª Festa da Acerola de Terra Alta.


    O Brasil e a produção de alimentos


    Novo índice retrata produção global de alimentos

    Ferramenta avalia acessibilidade, disponibilidade, qualidade e segurança alimentar em 105 países

    por Luciana Franco
     Shutterstock
    Na 31ª colocação do índice, o Brasil tem, dentre os pontos fortes, o compromisso com padrões nutricionais e adoção de programas para segurança alimentar
    Economista Intelligence Unit (EIU) e a DuPont divulgaram nesta terça-feira (10/7) o Global Food Security Index, uma ferramenta inédita que traça o perfil da produção alimentarem 105 países. O índice foi construído a pedido da DuPont com a finalidade de traçar um panorama global sobre a questão alimentar. A ferramenta servirá de referência mundial para medir o impacto dos investimentos na produção de alimentos em cada região pesquisada. 

    No ranking dos 105 países, o Brasil aparece em 31 colocação, se posicionando acima da média global em todas as categorias avaliadas pelo estudo. São elas: acessibilidade, disponibilidade, qualidade e segurança alimentar. Os pontos fortes do País apontados no estudo são o compromisso com padrões nutricionais e adoção de programas para segurança alimentar, a baixa volatilidade da produção agrícola, a pequena proporção da população que está abaixo da linha da pobreza, as tarifas de importação agrícola, o consumo de alimentos, o fornecimento de alimentos e o acesso a financiamento. 

    “Acho que poderíamos estar numa posição mais alta, mas acredito que a troca de informação entre os membros do grupo de 105 países servirá para a troca de informações e ajudará os paises a se mexerem neste ranking”, avalia Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas. 

    De acordo com Robert Wood, representante do Economist Intelligence Unit, o índice de preços da ferramenta será atualizado a cada três meses. Já o ranking pode ser modificado a cada dois anos. “Acreditamos que essa será uma importante ferramenta de consulta sobre a situação da produção mundial de alimentos”, diz Wood. 

    Os Estados Unidos, a Dinamarca, a Noruega e a França são os países de maior segurança alimentar da mundo. A combinação de alimentos amplos, alta renda, poucos gastos com comida em relação a outros gastos e investimentos significativos em pesquisa agrícola e desenvolvimento (P & D) colocou esses países no topo do índice de 105 nações. 
    A oferta de alimentos nos países avançados se situa em média em 1.200 calorias a mais por pessoa, por dia, do que em economias de baixa renda. Entre os países ricos, há comida suficiente para cada pessoa a comer 1.100 calorias acima do oferecido pelo mercado. Já nos países de baixa renda, o abastecimento de alimentos nacionais cai, em média, para um excendente de 100 calorias. 

    “Para combater as causas da fome, precisamos traçar um caminho comum, que nos ajude a tratar de questões-chave como acessibilidade, disponibilidade, qualidade nutricional e segurança alimentar”, diz Ricardo Vellutini, presidente da DuPont do Brasil. O índice foi apresentado simultaneamente no Brasil, na Bélgica, na África do Sul e nos Estados Unidos e pode ser acessado no site www.foodsecurityindex.eiu.com

    segunda-feira, 2 de julho de 2012

    Mais sobre o crédito agrícola


    Governo aumenta crédito ao agronegócio para R$ 115 bi e reduz juros

    Recursos para o Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013 crescem 7,5%, em relação a sua versão anterior, e juros caem, seguindo “movimento que estamos vendo em toda a economia”, diz Dilma. Para a senadora e presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu (PSD-TO), mais importante do que o aumento dos créditos e a diminuição dos juros é o seguro rural.

    Brasília - O governo federal anunciou a disponibilização de R$ 115,2 bilhões em crédito para o agronegócio através do Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013, também conhecido como Plano Safra. O valor representa um crescimento de quase 7,5% em relação ao plano 2011/2012, quando foram disponibilizados R$ 107,2 bilhões, e é mais do que o quíntuplo dos R$ 20,25 bilhões liberados há uma década, no plano 2002/2003, fruto “do grande empenho em colocar como prioridade a questão agrícola no Brasil”, disse a presidenta Dilma Rousseff.

    “Nós não vemos nenhuma contradição entre o agronegócio e a política para agricultura familiar, os médios e pequenos proprietários, pelo contrário, achamos que eles são complementares. Hoje lançamos aqui o Plano Safra para o agronegócio. Semana que vem lançaremos o plano safra da agricultura familiar”, antecipou-se a presidenta.

    Ela ainda destacou que o plano 2012/2013 também incorpora o “movimento que estamos vendo em toda a economia” de redução dos juros. Para os créditos destinados ao custeio e comercialização, os juros cairão de 6,75% para 5,5% ao ano. Para os recursos destinados ao investimento, a taxa será reduzida de 6,75% para 5%. Sobre o dinheiro emprestado para capital de giro de cooperativas incidirão 9% e não mais 9,5%. Já o Programa de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) terá os juros reduzidos de 6,25% para 5%. 

    O Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013 divide os R$ 115,2 bilhões emvariadas modalidades de crédito, entre elas o médio produtor rural – com renda bruta anual máxima de 800 mil – que terá R$ 7,1 bilhões disponíveis e a Agricultura de Baixo Carbono (ABC) que, apesar de ter utilizado pouco mais de um terço dos R$ 3,15 bilhões previstos na atual safra, terá seu recurso aumentado para R$ 3,4 bilhões. Os recursos do plano estarão disponíveis nas agências bancárias a partir de segunda-feira (02).

    Rousseff ainda divulgou que o governo está preparando uma política para assistência técnica e extensão rural e poderá criar uma agência específica para a área, articulando órgãos de extensão estaduais, cooperativas, produtores, Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). De acordo com a presidenta, o Brasil possui excelência em pesquisa rural, mas tem uma frágil democratização desse conhecimento. 

    Mudança de paradigma
    Para a senadora e presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu (PSD-TO), mais importante do que o aumento dos créditos e a diminuição dos juros é o seguro rural. O novo plano passa de R$ 253 milhões para R$ 400 milhões o volume de recursos para subvenção ao prêmio do seguro, o que, segundo Kátia Abreu, fará com que o Brasil saia de 5% para 20% de área segurada na safra 2012/2013, com a meta de chegar a 50% em 2015. Em entrevista após a cerimônia, a líder ruralista apontou que os Estados Unidos tem 86% de sua área plantada segurada e quanto maior a abrangência do seguro, mais a iniciativa privada financia a agricultura a juros baratos. 

    “Nós precisamos do livre mercado e só prosperamos com ele, mas os mercados só funcionam onde o Estado também funciona”, revelou Katia Abreu durante seu discurso na cerimônia. 

    Contraste
    Durante toda a fala da presidenta Dilma Rousseff no lançamento do Plano Safra 2012/2013, trabalhadores do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) permaneceram com uma faixa aberta, com os dizeres “MDA/Incra em greve”.

    Desde o último dia 18, trabalhadores destes dois órgãos começaram a greve alegando sucateamento e a falta de estrutura. O texto distribuído pelas organizações sindicais aponta que o Incra, entre 1985 e 2011, teve o seu quadro de pessoal reduzido de 9 mil para 5,7 mil servidores, enquanto sua atuação territorial foi acrescida em 32,7 vezes – saltando de 61 para mais de dois mil municípios. Além de concurso público, os trabalhadores pedem equiparação salarial com o Ministério da Agricultura, onde servidores chegam a ganhar três vezes mais do que qualquer funcionário do Incra ou do MDA, diz o texto. 

    Os trabalhadores da Embrapa também se encontram em greve. Desde quarta-feira (27), o Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf) ocupa a sede da empresa em Brasília em busca de negociação. Entre as reivindicações, o sindicato exige 5% sobre a correção pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA).
    Fotos: A presidenta Dilma Rousseff, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman e a senadora Kátia Abreu (PSD-TO) participam da cerimônia de lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013 (Antonio Cruz - ABr) 



    sexta-feira, 1 de junho de 2012

    Plano Safra 2012/2013


    Agricultura familiar terá R$ 18 bilhões no Plano Safra 2012/2013



    Recursos superam em 12% o volume ofertado para o segmento no ano passado

    por Luciana Franco
    Eduardo Aigner/MDA
    Ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, se reuniu na noite desta quarta-feira (30/5) com trabalhadores do Movimento Grito da Terra Brasil e com a presidenteDilma Rousseff, para discutir a lista de reivindicações apresentada há um mês pelos movimentos detrabalhadores rurais. Logo após a reunião, Vargas anunciou a criação de diversas linhas de financiamento para o setor e o volume de recursos de R$ 18 bilhões para o setor custear a safra 2012/2013. O detalhamento dos recursos será feito durante o anúncio do Plano Safra da Agricultura Familiar, que deve acontecer no mês de junho. 

    O ministro Vargas disse ainda que, além dos R$ 18 bilhões do Plano Safra, outros R$ 4 bilhões devem chegar aosagricultores familiares por meio de programas diversos, como os de assistência técnica e aquisição de alimentos. “A presidente Dilma disse que se forem necessários mais recursos, vamos viabilizar mais”, disse Vargas. Ele garantiu que R$ 706,5 milhões serão liberados para a aquisição de terras para assentamentos da reforma agrária este. 

    O governo se comprometeu ainda a aumentar o volume de crédito habitacional para os assentamentos, que passarão a partir de agora a integrar o Programa Minha Casa, Minha Vida, que deve passar de R$ 15 mil para R$ 25 mil por habitação. O pacote de medidas anunciado também inclui a ampliação do teto do crédito de custeio de R$ 50 mil para R$ 80 mil por produtor e elevação de recursos para o Pronaf Semiárido e para o Pronaf B, que atende agricultores de mais baixa renda. Para os produtores do Semiárido, o limite de crédito, que hoje é R$ 12 mil, poderá chegar a R$ 18 mil. Os agricultores do Pronaf B, que atualmente contam com até R$ 7,5 mil, passarão a ter até R$ 10 mil para custeio.

    Segundo o ministro Pepe Vargas, durante a reunião a presidenta reforçou o tratamento diferenciado dado pelo governo à agricultura familiar dentro do Novo Código Florestal Brasileiro. Com os vetos e modificações ao Código divulgados na segunda-feira (28/5), o governo criou condições especiais para os pequenos produtores, como a exigência de recompor em quantidade menor as áreas de preservação permanente (APPs), com a possibilidade de usar espécies exóticas. 

    "A presidenta trabalhou bastante essa questão do Código Florestal, reforçou a importância da agricultura familiar naprodução de alimentos e disse que não podemos tratar igualmente os desiguais", disse Vargas.

    quinta-feira, 17 de maio de 2012

    Certificação


    Brasil tem mais de 4,5 mil produtos com selo da Agricultura Familiar


    País já atingiu a marca de 500 permissões para o uso do Sipaf
    por Globo Rural On-line
     Shutterstock
    O Sipaf já está em mais de 4,5 mil produtos de origem da agricultura familiar
    Brasil atingiu a marca de 500 permissões para o uso doSelo de Identificação da Participação da Agricultura Familiar (Sipaf). Com isso, mais de 4,5 mil produtos disponíveis no mercado com o selo. 

    O Sipaf foi concedido a 136 associações e cooperativas deagricultores familiares e outras 30 empresas representantes de 77 mil produtores de todo o país, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)

    Rio Grando do Sul, Paraná, São Paulo e Minas Gerais são, respectivamente, os estados com o maior número de agricultores que utilizam o selo. A utilização do Sipaf é voluntária. 

    O selo foi criado com o objetivo de dar visibilidade às empresas e aos empreendimentos que promovem ainclusão econômica e social dos agricultores, gerando renda e emprego no campo

    A importância do seguro


    Seguro da Agricultura Familiar foi pago a mais de 28 mil produtores neste ano


    Foram pagos R$ 192 milhões em todo o país
    por Agência Brasil
     Shutterstock
    Agricultores familiares receberam o benefício por perdas de lavouras causadas pela seca ou excesso de chuva
    Mais de 28 mil agricultores receberam o Seguro da Agricultura Familiar (Seaf), por perdas de lavouras em consequência de seca, de excesso de chuva e de outras situações climáticas este ano. Foram pagos R$ 192 milhões, maior parte no Rio Grande do Sul, Paraná e em Santa Catarina, os estados mais afetados pela seca. Os estados de Goiás, Alagoas, Mato Grosso do Sul, do Espírito Santo e Rio de Janeiro também registraram perdas agrícolas. 

    Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) prevê que deverá chegar este ano a 100 mil o número de comunicações de perdas de safras, que representarão o pagamento de mais de R$ 650 milhões em cobertura. O seguro é opcional para o caso de operações de investimento. O Seaf cobre até 100% do valor de operações de custeio e entre 30% a 65% da Receita Líquida Esperada do Empreendimento, limitada a R$ 3,5 mil para culturas desenvolvidas dentro do zoneamento agrícola do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf)

    O secretário da Agricultura Familiar, Laudemir Muller, chama a atenção para a importância dos pequenos agricultores, que respondem por maior parte da produção de alimentos no país, fazerem, o seguro para suas lavouras. "Eles ficarão menos expostos a riscos e terão garantia de fortalecimento dos seus negócios". 

    A constatação de perdas é feita nas propriedades de forma individualizada, mediante vistoria para apuração do montante e das causas dos danos. Os agricultores devem fazer a correta manipulação de insumos e da manutenção da sua lavoura, para contar com a cobertura do seguro e guardar comprovantes de compra de insumos, que deverão ser apresentados para receber o prêmio.

    sexta-feira, 20 de abril de 2012

    Dívida

    Agricultores familiares poderão renegociar dívidas

    Produtores prejudicados por estiagem e chuvas terão prazo de pagamento prorrogado por um ano
    por Agência Brasil
    Eduardo Aigner/MDA
    O Diário Oficial da União publica nesta segunda-feira (16/4) resoluções do Banco Central (BC) que prorrogaram por um ano o prazo de renegociação dos vencimentos das dívidas do crédito rural para os produtores rurais amparados peloPrograma Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf)

    As resoluções prorrogam para 2 de janeiro de 2013 o prazo de pagamento das parcelas vencidas e a vencer entre 1º de fevereiro de 2012 e 1º de janeiro de 2013, das operações de crédito rural em situação de adimplência em 31 de janeiro de 2012, desde que não amparadas pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) ou por outra modalidade de seguro agropecuário.

    Forno de cupim

    Juca e seu forno de cupim


    Em Minas Gerais, dono de sítio inventa moda e faz de cupinzeiro um lugar para assar biscoitos, bolos e broas
    por Texto e fotos Silvestre Silva
    Silvestre Silva
    Juca e a invenção: forno de cupinzeiro
    Lá no pé da Serra da Moeda, em Minas Gerais, o corretor de seguros José Fonseca, mais conhecido como Juca, fez do seu sítio o seu paraíso na terra. Mora em Belo Horizonte, mas nos fins de semana marca presença no seu refúgio preferido. Arruma uma coisa aqui, outra ali, e os afazeres são tantos, que nem sobra tempo para frequentar a piscina. As visitas aproveitam por ele. 

    Caprichoso, Juca colocou um carro de boi enfeitando a varandona da casa, em companhia de um sino, cabaças,balaiospanelas de ferro e uma rodilha de arame de diversos tipos, para diversas necessidades. Vez ou outra um passarinho, atraído pelo sossego e aconchego do local, faz ninho nesses objetos. 

    Na entrada da varanda tem um cachorro de ferro pesadíssimo, desses compridos, tipo salsicha. Nos tempos de chuvarada, quem chega na casa vai direto limpar os pés de barro nas costas do bicho.
    Silvestre Silva
    O espaço onde fica o "forno" improvisado de Juca
    Entre a piscina, dois pés de jabuticaba e um enorme pé de jatobá, a cupinzada resolveu fazer sua morada. O cupinzão, como é chamado o lar dos cupins por essas bandas, ficou por ali um tempão. Um dia, o Juca resolveu fazer uso do presente dado pelos bichinhos. 

    Ele lembrou que antigamente o cupinzão era transportado, cuidadosamente e inteirinho, por um de carro de boi, do pasto, onde se encontrava, para o terreiro das casas. E bastava um jeitinho para ser transformado num forno de barro. 

    Envolvido por essa lembrança Juca pensou alto: 
    - Uai, ele já está no lugar certo. Os cupins trabalharam de graça e agora vou fazer a minha parte. Construo uma coberta, coloco em baixo uma mesa e bancos, preparo a parte interna, coloco a portinha de metal e pronto: o forno no cupinzãopode assar biscoitosbolosbroas e pão e eventualmente até um leitão. Vou ter um espaço próprio para jogar truco e prosear com os amigos, enquanto “os trem” são assados! 

    Assim foi feito. 

    Os cupins continuam a trabalhar, enfeitando o forno do Juca na sombra. E de vez em quando, ainda pegam um calorzinho por lá.

    Mandiocão

    Mandioca de 50 quilos é colhida no Paraná


    Pequeno agricultor se surpreende com tamanho da raiz
    por Michelle Ferreira
    Editora Globo
    A cidade de Perobal no Paraná se surpreendeu com a colheita de uma mandioca de 50 quilos. Há quatro anos, Aparecido Castanho plantou mandiocas em sua horta, que usa para consumo próprio e para distribuir alimentos à vizinhança. Mas, quando ele foi colher as raízes, se surpreendeu com uma que pesava 50 quilos. 

    “Isso nunca havia acontecido aqui, foi uma surpresa pra todos”, afirma Castanho. 

    O dono da raiz divulgou o feito e levou a mandioca para a represa da cidade para alimentar os peixes.

    segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

    Novidade II

    Técnica de irrigação subterrânea israelense será implantada em lavoura no Rio Grande do Sul

    Método gasta menos água e energia e amplia a produtividade na irrigação

    • Roberto Witter
    • roberto.witter@zerohora.com.br





    Foto: Roberto Witter / Agência RBS
    A novidade começa a ser utilizada em solo gaúcho
    Gastar 40% menos de água e 30% menos energia, além de ampliar a produtividade na irrigação de lavouras é a promessa de um sistema de irrigação desenvolvido em Israel.

    A novidade começou a ser utilizada no Rio Grande do Sul. Em Palmeira das Missões, no noroeste do Estado, o agricultor Flávio Fialho Velho inaugura no plantio desta safra de feijão o uso do equipamento subterrâneo. Ao contrário do popular sistema de pivôs, que irriga a lavoura por cima, o modelo israelense é estruturado por baixo da terra.

    Para colocar em prática o projeto, Flávio separou 80 hectares dos 1,2 mil da propriedade. Deixou o espaço ocioso por alguns meses, mas garantiu o cultivo da próxima safra com irrigação em todos os ciclos:

    — De 1993 até 2005, a minha preocupação era aumentar a área. Recentemente, mudei o modo de pensar e passei a investir em tecnologia, para ampliar a produtividade. Como está provado que a cada 10 anos enfrentaremos estiagem em sete, a irrigação se torna mais necessária.

    O método consiste em uma rede de mangueiras enterrada no solo. A cada 50 centímetros, gotejadores liberam a água já com doses de adubo. A durabilidade da rede é de 15 anos.

    — É economia de recursos hídricos e de adubo. A irrigação é diretamente na raiz da planta, aumentando a absorção — explica Rodrigo Schmitt, um dos proprietários da Analys Agricultura de Precisão, importadora da tecnologia desenvolvida pela Netafim para uma região de Israel onde a chuva anual dificilmente passa dos 300 milímetros.

    — Nos próximos cinco anos vamos ampliar este tipo de irrigação para outros 460 hectares. É mais caro, mas consigo instalar em todo o terreno, deixando também espaço livre para as máquinas — acrescenta Flávio.

    Engenhosidade israelense
    O Deserto de Negev, em Israel, foi o berço de dezenas de empresas como a Netafim, muitas das quais nascidas em kibutz — espécie de comuna agrícola. Para cultivar alimentos em uma das regiões mais áridas do mundo, os israelenses desenvolveram tecnologia própria, que virou produto de exportação.

    Nas ruas das maiores cidades, como Tel Aviv, onde fica a sede da empresa, a vegetação é irrigada por sistema subterrâneo.
    ZERO HORA