domingo, 18 de dezembro de 2011

A cachaça e a polêmica

Johnnie Walker processa cachaça brasileira João Andante por plágio


Bebida produzida de forma artesanal em Minas Gerais é vendida por R$ 40

por Globo Rural On-line
   Divulgação
Marca de cachaça João Andante. (Foto: Divulgação)
A multinacional Diageo, proprietária da Johnnie Walker, abriu processo por plágio contra a marca de cachaça mineira João Andante

bebida brasileira foi criada há três anos e é produzida de forma quase artesanal em um alambique em Belo Horizonte. O volume de vendas da João Andante (tradução literal de Johnnie Walker) é de 200 garrafas por mês, segundo os proprietários da marca. 

As duas bebidas têm em seu rótulo a figura de um homem caminhando, embora de estilos bem diferentes. O logotipo da cachaça retrata um homem de aspecto esfarrapado, barba comprida, de chapéu caipira, segurando um pequeno graveto na boca e carregando uma trouxa no ombro. Já o logotipo do uísque representa um autêntico lorde, de ar aristocrático, vestido com cartola, fraque, botas finas e segurando um bastão. 

Uma garrafa da cachaça mineira é vendida na internet por R$ 40. Já um exemplar de Red Label, a marca mais popular da Johnnie Walker, sai por cerca de R$ 80

Um representante do Instituto Nacional de Produção Industrial do Brasil (INPI) explicou nesta sexta-feira (16/12) que concedeu o registro da cachaça em maio de 2010, e confirmou ter recebido o pedido de anulação da Diageo. Uma comissão técnica da entidade vai avaliar se houve erro na concessão da licença.

Noticias da Amazônia

Projetos expandem produção do guaraná no Amazonas

Aquisição de mudas da espécie e cursos de capacitação aumentam em 52,9% renda de produtores da região
por Globo Rural On-line
Agência Sebrae
Foram divulgados esta semana os resultados finais dos projetos “Cultura do Guaraná no Baixo e Médio Amazonas”“Implantação do Selo de Indicação Geográfica do Guaraná de Maués” que, durante três anos, apoiaram e levaram conhecimentos técnicos, mercadológicos e gerenciais a dezenas de produtores rurais de guaraná da região do médio e baixo Amazonas. 

A área trabalhada envolve os municípios de Maués, Barreirinha, Nhamundá, Urucará, Boa Vista do Ramos, Parintins e São Sebastião do Uatumã. Em todas as regiões os ganhos financeiros dos produtores participantes aumentaram em 52,9%, na comparação com o rendimento médio verificado no início do projeto, em 2009, que era de R$ 4.466,80 por agricultor. 

Entre as principais ações, a maioria delas realizadas em Maués, a 268 quilômetros de Manaus, e Urucará, a 270 quilômetros da capital do estado, estão a aquisição de 30 mil mudas da espécie e a realização de 30 cursos nas áreas de gestão do negócio rural, associativismo, cooperativismo, artesanato, gastronomia e processamento do guaraná. 

Outros resultados de destaque ficam com a ampliação em 20% das áreas plantadas de guaraná e o aumento em mais de 50% do rendimento financeiro dos agricultores na comercialização do produto. 

“Quando comecei a fazer parte do projeto, minha área plantada era de três hectares. Agora, depois de vários cursos, estamos plantando em cinco”, comemorou o produtor rural José Luiz Medeiros, de 61 anos. 

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Mel

Apicultores potiguares produzem própolis vermelha

O quilo do produto pode custar até R$ 450
por Globo Rural On-line
 Shutterstock
O setor apícola do Rio Grande do Norte é o sétimo maior exportador de mel do Brasil. Estimulados pela capacidade produtiva e demanda crescente de consumidores, apicultores do município de Touros, a 100 quilômetros de Natal, resolveram apostar na produção de própolis vermelha.
A novidade é coletada por abelhas africanizadas de diversas partes das plantas, como brotos e botões florais. O material é extraído, principalmente, de vegetação presente em áreas de mangue.
Além das propriedades medicinais reconhecidas, e utilizadas, principalmente pela indústria farmacêutica, a própolis vermelha possui uma agregação de valor diferenciada em relação à própolis verde, o tipo mais comum. O quilo do produto pode ser comercializado a R$ 450.
Ainda neste ano, serão construídos os primeiros apiários para a colheita do produto. A partir desta quarta-feira (9/11), apicultores receberão capacitação para processamento e produção do pólen, desde a instalação de apiários até o beneficiamento, que requer um manejo específico para o produto. 

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Desmatameto

Desmatamento na Amazônia aumenta e chega a 253,8 quilômetros quadrados em setembro


Mato grosso foi o campeão de devastação no mês

por Agência Brasil
 Shutterstock
A Amazônia perdeu uma área de 253,8 quilômetros quadrados de floresta em setembro, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve queda de 43%. Na comparação com o mês de agosto, entretanto, quando foram contabilizados 164 quilômetros quadrados de derrubada, a área desmatada aumentou. 

O estado onde foram registrados mais desmatamentos em setembro foi Mato Grosso, com 110 quilômetros quadrados. Em seguida está Rondônia, com 49,88 quilômetros quadrados e em terceiro, o Pará, com 46,94 quilômetros quadrados. O estado onde houve o menor registro de devastação da mata foi Tocantins, com 2,24 quilômetros quadrados. No Amapá não foi detectado desmate. 

Segundo o Inpe, apenas 5% da região não foram monitoradas por causa das nuvens.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Sobre a agroecologia


Agroecologia tenta envolver ser humano e natureza

Para especialistas, movimento vai além da produção de alimentos e estabelece laços culturais e sociais
por Agência EFE
EFE
Com o conceito que vai além da forma de cultivar alimentos e consumi-los, a agroecologia vem ganhando cada vez mais espaço. Com o objetivo ampliar a interação da natureza e o homem, a ciência, ainda em expansão, pretende revolucionar a produção de alimentos

De acordo com reportagem da Agência EFE, agricultura ecológica e agroecologia são dois conceitos diferentes. Enquanto a primeira se refere ao cultivo de produtos procedentes do campo sem o uso de tóxicos, que não só contaminam o ambiente, mas carecem das propriedades alimentares que em sua origem possuem esses alimentos, a agroecologia é uma forma de vida para seus praticantes. 

Para Juan Felipe Carrasco, responsável de Agricultura e Alimentação do Greenpeace, a agricultura ecológica "não só produz alimentos, mas também bens e serviços agrícolas que mudam completamente o paradigma do modelo de agricultura industrial que consome petróleo, plásticos, e que contamina e destrói o solo porque é a agricultura baseada em máquinas e não em pessoas". 
Vantagens
O ativista cita três razões para defender a agricultura ecológica. Para ele, uma delas é a diferença fundamental entre a agricultura convencional e a ecológica é que na segunda não se contempla o uso de substâncias tóxicas ou químicos sintéticos, salvo alguns que estão autorizados porque sua toxicidade é praticamente nula.
EFE
Em segundo lugar, afirma o Carrasco, a fertilização na agricultura ecológica é baseada nos equilíbrios naturais, onde as plantas são alimentadas porque o solo está vivo. "O solo tem uma série de seres vivos que reciclam os restos das colheitas anteriores ou captam gases da atmosfera para poder distribuí-los entre as plantas. Definitivamente, tudo o que pode oferecer um subsolo vivo. Na agricultura industrial, os produtos químicos e adubos industriais que provêm do petróleo matam tudo o que há de vida no solo. Quando estes produtos deixam de ser jogados no campo, este já não pode produzir nada", acredita o ecologista. 

A terceira característica da agricultura ecológica tem a ver com a energia. Como explica o responsável do Greenpeace, "a agricultura ecológica quase não tem consumo energético procedente do petróleo, por isso que é muito pouco geradora de mudança climática. Ao contrário da agricultura industrial que se calcula que em nível planetário produza grande parte dos gases do efeito estufa, entre outras causas por causa de seu consumo de petróleo".
Editora Globo

Tradição
Para os praticantes da agroecologia, o conceito vai muito além da atividade agrícola, e tenta envolver o ser humano com a natureza, dessa maneira que a produção agrícola faça parte intrínseca com o entorno social e cultural dos indivíduos. 

Carrasco ressalta que "é um movimento ideológico e político, onde o papel das pessoas é muito importante. A agroecologia tenta conservar as redes sociais que mantiveram o campo vivo há milhares de anos e que desde a chegada da revolução industrial está desaparecendo", afirma Carrasco. 

Segundo o ambientalista, “as cidades são enormes consumidores de recursos e geradores de resíduos. No entanto, a população rural tem um papel muito mais sustentável enquanto vive apegada ao território. Por isso, é muito importante tudo o que tem a ver com a propriedade da terra e é fundamental a devolução da propriedade para quem a trabalha, a divisão da renda agrária e as subvenções políticas às pessoas que estão produzindo não somente alimentos, mas bens e serviços paisagísticos e ambientais”. 

Os ecologistas acreditam que o modelo está tornando a vida rural atrativa novamente.

sábado, 15 de outubro de 2011

Feliz dia dos Professores

O valor de ser educador
Mensagem Dia do Professor 

Ser transmissor de verdades,
De inverdades...
Ser cultivador de amor,
De amizades.
Ser convicto de acertos,
De erros.
Ser construtor de seres,
De vidas.
Ser edificador.
Movido por impulsos, por razão, por emoção.
De sentimentos profundos,
Que carrega no peito o orgulho de educar.
Que armazena o conhecer,
Que guarda no coração, o pesar
De valores essenciais
Para a felicidade dos “seus”.
Ser conquistador de almas.
Ser lutador,
Que enfrenta agruras,
Mas prossegue, vai adiante realizando sonhos,
Buscando se auto-realizar,
Atingir sua plenitude humana.
Possuidor de potencialidades.
Da fraqueza, sempre surge a força
Fazendo-o guerreiro.
Ser de incalculável sabedoria,
Pois “o valor da sabedoria é melhor que o de rubis”.
É...
Esse é o valor de ser educador.



Fonte: http://www.belasmensagens.com.br

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

E agora?


Não é só culpa do homem

Tragédia da serra fluminense não foi culpa do homem. Foto: Vanderlei Almeida/AFP
Os dias não têm sido exatamente tranquilos para os defensores das teses que tentam explicar o aquecimento global como um fenômeno ligado ao desenvolvimento econômico.
Mais exatamente à emissão de gases tóxicos ou poluentes por engenhocas produzidas pelo homem.
O aumento da temperatura média dos oceanos e do ar perto da superfície vem ocorrendo desde meados do século XX e a previsão é de que deverá continuar neste século.
É o que diz o IV Relatório do Painel Intergovernamental sobre mudanças climáticas de 2007.
A temperatura aumentou 0,18 graus centígrados durante o século XX. A maior parte desse aumento foi provocada pela crescente concentração de gases do efeito estufa, resultante da atividade humana, seja pela queima de combustíveis fósseis, seja pelo deflorestamento.
Entre os efeitos desse aquecimento estariam mudanças capazes de provocar enchentes ou secas desastrosas. Os cientistas acreditam que o aquecimento seja mais intenso no Ártico, daí a diminuição das geleiras.
Havia um quase consenso em torno da antropogênia do aquecimento, praticamente ratificada pelos 187 signatários do protocolo de Kioto, em 2009.
No entanto, em meados de setembro, o prêmio Nobel de Física, Ivar Glaever, desligou-se da Sociedade Americana de Física afirmando que os estudos do aquecimento global são uma pseudociência.
A sociedade científica respondeu com uma nota negando que houvesse uma debandada de seguidores da sua linha de investigação.
E reafirma na nota a sua convicção de que o aquecimento é provocado pelo homem. Ou seja a própria nota é um indício claro de que existe algo por trás das conclusões sobre o aquecimento.
Ao falar em “debandada”, admite que a discussão vai muito além da convicção (ou da falta dela) de um só cientista. Na verdade, a Sociedade Americana de Física ignorou um pedido de revisão de suas posições sobre o aquecimento assinada por um grupo de 160 físicos, entre eles o próprio Glaever.
Essa movimentação da chamada “ala cética”, que pretende contrariar as conclusões da ala “aquecimentista”, foi engrossada, agora, pela pesquisa da geógrafa da USP, Daniela de Souza Cobra, sob o título “Quando o sol brilha, eles fogem para a sombra”, pouco usual em material científico.
Na pesquisa, Daniela afirma com todas as letras (e números) que as várias teorias estabelecidas sobre o aquecimento global não passam de resultados de modelos matemáticos do clima.
A geógrafa brasileira conclui que não foi encontrada até hoje nenhuma prova ou evidência de que o aquecimento do planeta esteja sendo provocado pelo homem.
“Provas” como o derretimento das geleiras, enchentes, furacões, secas, etc., tudo faria parte da variabilidade natural do sistema climático.
Com uma agravante. Daniela constata  que contrariar  a hipótese dominante é, hoje, considerado um grave pecado contra o progresso da ciência e o futuro da humanidade.
Na opinião da geógrafa, vários problemas sociais e econômicos não são provocados por mudanças climáticas mas sim pela estrutura excludente do capitalismo. E exemplifica com a escassez de água potável que não é provocada pela redução das chuvas, mas sim pela pressão crescente sobre os recursos hídricos cada vez menos conservados.
Daniela é taxativa ao afirmar que a pobreza e a miséria não são provocadas por nenhum fenômeno climático, e sim pela concentração de renda.
Ou seja, estaria havendo uma indesejável e perturbadora intromissão político-ideológica na esfera da ciência. Daniela acrescenta que essa atitude tem impedido a liberdade científica.Como prova disso afirma que hoje é praticamente impossível publicar-se um artigo que não chegue às conclusões que a comunidade científica transformou em dogma.
Desde Galileu sabemos do risco de dogmas na atividade científica. A professora Souza  Cobra também pensa assim quando afirma que cada indivíduo tem sua parte de culpa.
O que não se pode aceitar é que o capitalismo predador seja o único responsável pelo aquecimento. A concentração de renda – e de poder – é sem dúvida um grande culpado. Mas os desastres ambientais acontecem também em regiões onde sequer se ouviu falar em capitalismo e seus efeitos são muitas vezes trágicos nas “repúblicas populares”, de onde o capitalismo foi formalmente banido.
E não se pode inocentar o homem em qualquer circunstância. Desde o dia em que um deles arrancou um galho de árvore e fez uma fogueira para se aquecer até os engenheiros da Usina de Fukushima, por trás do aquecimento global existe sempre uma sombra humana.
Que um dia, dentro de séculos ou milênios, desaparecerá da face da Terra, como desapareceram os dinossauros, deixando apenas poucos vestígios de sua passagem pelo planeta. Em Marte, ninguém notará.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Dinheiro do campo


Exportações do agronegócio ultrapassam US$ 90 bilhões

Complexo soja, setor sucroalcooleiro, carnes, produtos florestais e café foram os segmentos que mais contribuíram para o resultado positivo nos últimos 12 meses
por Globo Rural On-line
 Shutterstock
As exportações do agronegócio brasileiro atingiram a cifra recorde de US$ 90,3 bilhões nos últimos 12 meses (10/2010 a 07/2011). O valor representa uma expansão de 24,8% em relação aos US$ 72,3 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. As importações cresceram 33,6% e alcançaram o montante de US$ 16,6 bilhões no intervalo. A diferença resultou num superávit da balança comercial do setor de US$ 73,6 bilhões.
Dentre os principais setores exportadores, destacam-se ocomplexo soja – com vendas totais de US$ 22,2 bilhões e um incremento de 35,6%; o complexo sucroalcooleiro, com exportações de US$ 15,9 bilhões e uma variação positiva de 25,1%; e as carnes, com valor comercializado de US$ 15 bilhões e elevação de 12,1%. Complementam as cinco primeiras posições os produtos florestais (US$ 9,6 bilhões) e o café (US$ 8,1 bilhões). As variações foram obtidas por meio de comparações com os números do ano anterior.
Os destinos mais representativos das exportações brasileiras seguem sendo a Ásia – que absorveu 30,8% de todas as vendas do agronegócio brasileiro no último ano – e a União Europeia, responsável pela compra de 26,2% dos produtos comercializados pelo Brasil. Na análise por países, a China permanece como grande destaque e em contínuo crescimento. Sozinho, o país adquiriu 16% (US$ 14,4 bilhões) de todos os produtos agrícolas brasileiros exportados nos últimos 12 meses. Dentre os crescimentos das exportações mais expressivos, destacam-se Argélia (76,4%),Japão (54,3%) e Espanha (49,3%). 
 Fonte: Revista Globo Rural (revistagloborural.globo.com/)

sábado, 8 de outubro de 2011

Orgânicos


Lei de regulamentação de orgânicos é atualizada

Dados foram reorganizados para facilitar o entendimento das normas
por Globo Rural On-line
 Shutterstock
Os produtores de orgânicos devem ficar atentos ao novo regulamento técnico para os sistemas de produção animal e vegetal. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou no Diário Oficial da União (DOU), desta sexta-feira (7 /10), a Instrução Normativa nº 46 que irá substituir a norma nº 64 de 18 de dezembro de 2008, responsável pela regulamentação da produção orgânica animal e vegetal no Brasil.
Uma das atualizações presentes na nova instrução é areorganização de informações relacionadas à produção orgânica animal. Os dados foram reorganizados para facilitar o entendimento das normas. Outra mudança foi ainclusão de substâncias permitidas para uso nos sistemas orgânicos de produção. As demandas foram solicitadas pelas comisssões estaduais e depois de passarem por consulta pública, foram autorizadas.
Os alimentos orgânicos são produzidos baseados em princípios agroecológicos que contemplam o uso responsável do solo, da água, do ar e dos demais recursos naturais. Na agricultura orgânica, não é permitido o uso de substâncias que coloquem em risco a saúde humana e o meio ambiente.
Desde 1º de janeiro de 2011, todos os produtos comercializados como orgânicos devem conter o selo do Sistema Brasileiro de Conformidade Orgânica
 Fonte; Revista Globo Rural

Sustentabilidade


Ilha neozelandesa será 100% sustentável em 2012


Moradores da Ilha de Tokelau utilizarão energia solar e óleo de coco para atender a demanda de energia

por Globo Rural On-line
 Shutterstock
Painéis solares serão instalados na Ilha de Tokelau para gerar 93% da energia consumida pelos moradores
Formada por três atóis e com aproximadamente 1,5 mil moradores, a Ilha de Tokelau, na Nova Zelândia, passará a ser totalmente sustentável a partir da segunda metade do ano que vem. Os moradores contarão com painéis fotovoltáicos para captar a energia solar e também terão um gerador que usará óleo vegetal de coco para funcionar e gerar energia. As informações foram divulgadas pela NewScientists. 

Segundo Foua Toloa, líder das Ilhas Tokelau, 93% da energia gerada será solar e 7% virá do óleo do coco. Christopher Dey, da Universidade de Sidney, na Austrália, conta que cada atol terá um painel fotovoltáico de 200 metros quadrados e o óleo será utilizado em um gerador, nos períodos de maior demanda energética da ilha. 

Pelos cálculos do engenheiro Dey, serão necessários 20 a 30 litros de óleo de coco por dia, o que equivaleria a 200 cocos. Este dado foi obtido pela Empower Consultoria, da Nova Zelândia, depois de um estudo que comprovou asustentabilidade do sistema, já que os frutos são abundantes em Tokelau. 

Foua Toloa diz que a energia limpa será usada, principalmente para abastecer as residências e recarregar as próprias baterias do conjunto solar. O líder diz que a comunidade já está estudando alternativas para substituir o combustível usado nos automóveis da ilha e o óleo de cozinha. Atualmente, querosene, gasolina e gás natural usados em Tokelau são comprados em Sidney,ou 
em Wellington, capital da Nova Zelândia.
Ilhas-modelo
A iniciativa dos moradores da ilha não é inédita. Há quatro anos, a Ilha de Samso, na Dinamarca, instalou usinas eólicas com quatro mil turbinas no Mar do Norte, que produzem 100 milhões de quilowatts por ano. Também foram instalados painéis solares e geradores movidos a biocombustíveis na ilha. Como a produção é maior que a demanda local, o excedente de energia é exportado para a Dinamarca continental. Existem aproximadamente 5 mil moradores em Samso. 

Já na costa espanhola está a El Hierro, ilha das Canárias, que passará a ser 100% sustentável até dezembro deste ano. Com um investimento de US$ 87 milhões, a ilha terá um parque eólico, uma usina hidrelétrica e painéis fotovoltáicos para atender a demanda de energia de 11 mil moradores.
Fonte: Revista Globo Rural